quarta-feira, 9 de novembro de 2011

‘Big Brother Marte’ termina após mais de 500 dias

Simulação de viagem espacial foi realizada na Rússia.

Seis homens ficaram isolados por mais de um ano.

Depois de mais de um ano fechados em uma “nave” do tamanho de um apartamento pequeno, os seis homens que participam de uma simulação de uma viagem a Marte, “voltam” à Terra nesta sexta-feira (4) por volta de 8h (no horário de Brasília).

Apelidada de “Big Brother Marte”, a missão (chamada, na verdade, de Mars500) foi realizada por uma parceria entre Rússia, China e a agência espacial europeia (ESA, na sigla em inglês).

Os seis homens, de diferentes nacionalidades, estão presos na “nave espacial” localizada em um prédio de Moscou desde 3 de junho de 2010. Lá, eles só podiam tomar banho uma vez por semana, tinham diversas tarefas a cumprir e para falar com o mundo exterior tinham que respeitar o tempo que demora para uma mensagem de verdade ir da Terra até Marte – o que pode chegar a até meia hora.

A "nave" é na verdade um conjunto de módulos construídos dentro do prédio do Instituto de Problemas Biomédicos da Rússia, um dos parceiros do projeto. O site da instituição colocou imagens em 360º da nave Mars500 (clique neste link para ver a página - depois de carregar, aperte o botão amarelo).

             
Mais de 6 mil pessoas de 40 países se candidataram para participar do projeto. No fim, os escolhidos foram o cirurgião russo Sukhrob Kamolov, o engenheiro francês Romain Charles, o médico russo Alexandr Smoleevskyi, o engenheiro ítalo-colombiano Diego Urbina, o instrutor de astronautas chinês Wang Yue e o engenheiro russo Alexey Sitev, comandante da missão.

Smoleevskyi, Urbina e Yue simularam também uma visita à superfície do planeta. Durante uma caminhada espacial, Urbina fingiu ter machucado a perna em uma pedra para testar o atendimento médico interplanetário de Smoleevski.


Objetivos

O objetivo do projeto era avaliar as condições psicológicas de uma tripulação forçada a ficar em um espaço reduzido, sem contato com o mundo exterior por tanto tempo.

Para levar o homem a Marte, além dos diversos desafios técnicos, como o tamanho do foguete e as experiências que precisam ser feitas, as agências espaciais precisam também resolver dilemas psicológicos e práticos. Por exemplo: será que seis pessoas nessas condições tão extremas não vão ficar loucas? Ou deixar de trabalhar em equipe?

Os primeiros resultados são positivos. O grupo do Mars500 reagiu bem ao isolamento de mentira, segundo a ESA.

O momento mais crítico foi em agosto, quando a missão chegou ao seu ponto mais monótono e a comunicação com o mundo exterior mais difícil.

Os “astronautas” acabaram mais deprimidos, mas conseguiram completar todas as suas tarefas.

Controle de missão acompanha simulação de trabalhos 
em solo marciano - Foto: Divulgação/IBMP
Outras perguntas ainda ficam sem resposta, pelo menos por enquanto. Ainda não existe, por exemplo, um consenso sobre se uma viagem a Marte deveria ser feita por uma tripulação mista ou apenas de um dos sexos, como foi a da Mars500.

Um grupo misto, tanto tempo isolado, pode gerar conflitos amorosos na tripulação. Por outro lado, colocar apenas homens ou apenas mulheres no voo pode parecer preconceito para o público (e não significa que relações amorosas não vão acontecer).

Além disso, os astronautas de verdade vão enfrentar problemas de saúde bem mais sérios, por causa da ausência de gravidade e da radiação solar - coisas que são impossíveis de simular adequadamente em Terra. E, por mais isolados que estivessem, os participantes da Mars500 sabiam que estavam em Moscou e que podiam ir para casa a qualquer momento (embora nenhum tenha pedido para sair da nave).

A tripulação que for a Marte não vai ter esse conforto. Qualquer problema, acidente ou morte que ocorra a bordo vai precisar ser resolvido sem ajuda externa. No espaço, o controle de missão não está no corredor ao lado. E não há como voltar a nave de volta para a Terra no meio do voo.

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Piloto fica ferido após queda de monomotor em área rural no RS

Aeronave caiu sobre uma lavoura de arroz após pane no motor.

Vítima, de 57 anos, sofreu fraturas na perna e nos pés, diz Brigada Militar.

    

            Um homem ficou ferido após a queda de um avião monomotor na tarde deste sábado (5) em uma área rural de Eldorado do Sul, no Rio Grande do Sul.

O piloto Ricardo Costa Araújo, de 57 anos, estava sozinho na aeronave, o ultraleve modelo D3, prefixo PU-TJF, que tem apenas dois lugares. Ele teve fraturas nas pernas e nos pés, de acordo com a Brigada Militar.

O avião caiu às 14h55, em uma distância de 500 metros do lugar da decolagem, um sítio de aviação particular. O motivo foi uma pane no motor. A queda aconteceu em cima de uma lavoura de arroz que estava em fase de preparação de terra.

O piloto foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado no helicóptero da Brigada Militar para o Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Porto Alegre e não corre risco de vida.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Embraer entrega 46 aviões no terceiro trimestre

           Companhia brasileira encerrou período com carteira de pedidos avaliada em 16 bilhões de dólares


                                  

      A Embraer encerrou o terceiro trimestre com 46 aeronaves entregues – 28 jatos comerciais e 18 executivos. A carteira de pedidos totalizava 16 bilhões de dólares. Entre julho e setembro, a empresa fechou a venda de mais 17 modelos E-Jets: dois Embraer 190 para a americana GE Capital Aviation Services (Gecas), dez para a Kenya Airways, e cinco Embraer 195 para a alemã Lufthansa.

A China Southern Airlines se tornou a mais nova operadora dos E-Jets e também recebeu o avião comemorativo a 800ª unidade entregue, de propriedade da CDB Leasing, que encomendou um total de 20 jatos.

No início de outubro, a Embraer anunciou a venda de mais seis Embraer 190 para a Gecas, que serão adicionados nos resultados do quarto trimestre de 2011. Com essa encomenda, a empresa de leasing americana passará a ter uma carteira com 101 E-Jets.

A unidade de aviação executiva entregou oito Phenom 100 e nove Phenom 300, num total de17 jatos leves, além de um jato Legacy. No período, o destaque foi a assinatura de um Memorando de Entendimentos com a Minsheng Financial Leasing da China para a venda de ate 20 aviões de toda a linha de jatos executivos da Embraer. No início de outubro, a Minsheng fechou um acordo para a compra de 13 jatos Legacy 650, os quais serão adicionados ao resultado da Embraer do quarto trimestre de 2011.

Paquistão: CIA conduz 300º ataque por controle remoto

            Mais de 2 mil pessoas foram ao enterro de mais uma vítima de ataque da CIA. Foram 4 ataques aéreos em 48 horas. Os aviões são controlados remotamente e não têm tripulantes.


                            



A guerra por controle remoto dos Estados Unidos no Paquistão atingiu um novo marco no último sábado com o 300º ataque feito por um avião não-tripulado contra supostos militantes nas regiões tribais, de acordo com uma investigação do Bureau of Investigative Journalism, parceiro da Pública.

Pouco antes de amanhecer, aviões não-tripulados da CIA atacaram um complexo residencial em Angor Adda, no Waziristão do Sul. Calcula-se que seis supostos militantes morreram no ataque, que feriu outras três pessoas.

Os mortos estariam ligados ao militante talibã Maulvi Nazir, visto como hostil aos EUA, embora mantenha um acordo de paz no Paquistão.

Foi o quarto ataque por controle remoto da CIA em 48 horas. Na sexta-feira, mais de 2 mil pessoas compareceram ao funeral de Maulana Iftiqar, diretor de uma escola islâmica local – e suposto jihadista – morto em um ataque na quinta-feira passada.

Um político local afirmou aos presentes que “Os Estados Unidos deveriam perceber que esse ataques estão gerando uma enorme revolta, e ver as milhares de pessoas que vieram ao funeral de um verdadeiro mártir”

Trezentos ataques

O Bureau identificou até agora 300 ataques por aviões sem tripulantes desde 2004. Destes, 248 ocorreram durante a presidência de Obama, ou seja, um ataque a cada quatro dias.

De acordo com uma análise detalhada dos ataques, pelo menos 2.318 pessoas foram assassinadas pela CIA.

A maioria é supostamente de militantes. Mas entre 386 e 775 civis foram mortos, incluindo mais de 170 crianças. Além disso, pelo menos 1.100 pessoas foram feridas.

A CIA recentemente admitiu a morte de 2.050 pessoas em ataques conduzidos por aviões sem tripulação – segundo a CIA, apenas 50 eram civis.

Porém, o Bureau publicou uma extensa base de dados comprovando o contrario.

Os Estados Unidos afirmam não ter matado nenhum civil no Paquistão desde maio de 2010.

A base de dados coletada pelo Bureau consiste em um compilado de relatos publicados por fontes como a AP, Reuters, New York Times e a mídia paquistanesa.

Quando possível, os dados foram cruzados com documentos da inteligência e da diplomacia americana, com textos de acadêmicos, agentes da inteligência e políticos, além de pesquisa em campo no Waziristão.

Ex-reserva do goleiro Zetti no Santos hoje é piloto de avião

    Reserva do goleiro no Santos, entre 1994 e 2000, Nando hoje busca voos mais altos, literalmente


                              


Quando era considerado uma das grandes revelações do Santos na posição, Antonio Fernando Remiro Barroso nunca foi chamado de goleiro voador. Não pulava na bola desnecessariamente. Tinha imagem discreta. Por isso, chegaria longe, diziam os responsáveis pelas categorias de base na Vila.

Sim, ele é voador e foi longe. Mas não no futebol. Nando, atualmente com 37 anos, integrou o elenco profissional do Peixe entre 1994 e 2000. Hoje é piloto de Airbus e comanda voos nacionais e internacionais para a TAM. “Não tenho arrependimentos. Realizei os meus dois sonhos de infância. Joguei futebol e consegui me tornar piloto de avião”, reflete.

Os jovens estão desculpados se não tiverem a imagem dele na cabeça. Mas é provável que os torcedores veteranos se lembrem do tempo em que era chamado de o futuro camisa 1 titular do Alvinegro. A partir do momento em que chegou ao clube, em 1988, aos 14 anos, foi preparado para isso. Tinha tudo para dar certo. Foi titular no infantil, juvenil e juniores. Quando chegou à equipe principal, não conseguiu se firmar. "Lamento não ter tido oportunidade. Era uma época diferente, o Santos estava na fila e ninguém tinha paciência com garotos."

Conselho

Mesmo assim, conseguiu ser campeão. Era reserva de Zetti na conquista da Copa Conmebol de 1998. Pouco para em quem se apostava tanto. “Acho que o Nando precisa sair. Ele tem de jogar”, aconselhou o titular, no ano seguinte.

Ele ficou numa encruzilhada. Esperar em Santos pela realização da promessa que escutou durante anos ou buscar outra vida? “Depois que saí da Vila, percebi que dificilmente conseguiria voltar a um clube grande.” Era hora de alçar outros voos. Passou por São José e Independente, entre outras equipes do interior.

Havia realizado o desejo de ser titular, mas é difícil, para quem se acostumou às mordomias de um time de porte, peregrinar por pequenas agremiações. Ainda mais para quem havia sido uma promessa. Num momento em que os jogadores se desmotivam, gastam tempo esperando a carreira acabar ou se preparam para o manjado curso de educação física, Nando se reinventou. Da expressão goleiro voador, ficaria apenas a segunda palavra.

"Passando de carro por Limeira (SP), vi um outdoor anunciando curso para pilotagem de avião." Num impulso, se matriculou. Frequentou as aulas, mas não faria a prova final por causa dos jogos. Uma fratura num osso da face o salvou do futebol. Deu-lhe a chance de passar no teste e embarcar na carreira de aviador.

Nova carreira

"Meu pai sempre foi apaixonado por aviões. Meu irmão é piloto. Peguei gosto. Fiquei algum tempo no futebol, mas resolvi parar e me dedicar à nova carreira."

Dezenove anos após ter deixado Barretos (SP) para começar a vida debaixo das traves, Nando passou a ter contato com jogadores de outra forma. apenas em aeroportos. Nada de treinos e concentrações, a não ser a espera pelo chamado para pilotar alguma aeronave de grande porte. "Aos poucos, você vai deixando de lado as coisas que um dia quis. Já encontrei algumas pessoas do futebol depois de virar piloto. Como o Marcelo Martelotte (ex-goleiro de Bragantino, Santos e auxiliar de Muricy Ramalho). Ele tomou um susto", diz.

Exatamente o oposto ocorreu com o pai. Ele sempre quis ter um filho comandante. Tem dois. Um deles, goleiro voador.

Entrevista

Nando_Piloto de avião e ex-goleiro do Santos

'Pilotar avião e jogar no gol são duas funções que não permitem erros'

DIÁRIO_ Como foi a transição de goleiro para piloto?

NANDO_ Mais fácil do que se pode pensar, embora sejam carreiras tão distintas. Meu pai sempre adorou aviões. Só não foi piloto porque meu avô não apoiou. Tenho um irmão que seguiu essa vida. Estava acostumado a conviver com isso.

Você era uma grande aposta do clube. Por que você não teve mais chances ou uma sequência de partidas?

Goleiro é complicado. Os titulares da minha época foram Edinho, Zetti, Sérgio... Eles não davam brechas, não se machucavam. Minha maior sequência foi de dois jogos, quando o Zetti teve uma operação no joelho.

Fica aquela sensação do que poderia ter acontecido com a sua carreira se tivesse insistido no futebol ou ficado um pouco mais no Santos?

Prefiro pensar que fiz as coisas que pretendi fazer na vida. Quando decidi começar o curso de aviação, achei que seria só um passatempo, mas as portas foram se abrindo. Na época da prova, tive uma contusão e fiquei 30 dias parado. Se estivesse jogando na quinta-feira e no domingo, não conseguiria ter feito o teste.

Talvez hoje seja natural, mas, na época, quando você disse que abandonaria o futebol para ser piloto de avião, as pessoas se assustaram?

Ah, sim. São duas áreas que não têm nenhuma ligação. Mas as pessoas que me conheciam mais de perto já sabiam que a minha família gostava do ramo da aviação. E eu também. Tinha tanto contato quanto era possível. São duas funções que não permitem erros, piloto e goleiro (risos)...

Conceito prevê aeroportos nucleares que nunca precisarão pousar



É o tipo de ideia realmente difícil de justificar, mas um conceito prevê um futuro com aeroportos voadores e a criação de um conceito de “metrô” aéreo, que na verdade não são simples aeroportos. Eles são aviões tão bizarramente grandes que outros aviões podem pousar neles. E para construir essas monstruosidades e fazê-las ter energia para se sustentar no ar, você precisa apenas de um reator nuclear.

Você decide, por exemplo, ir para a Rússia curtir as férias. Para isso dirige-se a um aeroporto regional, embarca num avião que o leva até o avião/aeroporto nuclear. Lá você desembarca e voa com este avião/aeroporto até Moscou. Sobre Moscou aguarda a chegada de outro avião menor para embarcar e descer na capital russa. Em caso de uma viagem ainda mais longa, você poderia trocar de avião/aeroporto no meio do caminho, em vez de desembarcar em terra.

A vantagem de uma máquina dessas é que ela seria capaz de carregar até 3000 passageiros de uma vez, o que repesenta um tremendo aumento na eficiência do transporte. Além disso, também seria mais rápido e econômico, significando uma economia de 40% em uma viagem de 965 km e de até 80% em uma de 10.000 km.

Talvez a única questão duvidosa é que o avião/aeroporto seria tão assombrosamente enorme, que pousar e decolar chutaria os custos de operação lá para cima e tornaria a ideia proibitiva no aspecto financeiro. Foi aí que alguém deve ter levantado a mão e dito: “já sei! Vamos usar energia nuclear! Nunca precisaríamos pousar!”.


Passagem do jato 'mais avançado do mundo' foi vendida por US$ 34 mil

Companhia leiloou seis passagens de classe executiva no voo inaugural.

Primeiro voo comercial ocorreu nesta quarta-feira (26), no Japão.

Avião saiu de Tóquio, rumo a Hong Kong, nesta quarta-feira (26)
O novo avião 787 Dreamliner da americana Boeing fez o primeiro voo comercial nesta quarta-feira (26), entre Tóquio e Hong Kong, com as cores da companhia japonesa All Nipon Airways.

A companhia, a primeira a usar o Dreamliner, leiloou seis passagens de classe executiva no voo inaugural. Uma delas foi vendida por US$ 34 mil, dez vezes mais que o preço normal. A All Nipon Airways diz que vai doar o dinheiro para organizações de preservação do meio ambiente.

O 787, que deveria ter ficado pronto em 2008, a tempo de transportar os turistas japoneses para os Jogos Olímpicos de Pequim, superou uma nova etapa no calendário, muito afetado por graves problemas de produção.

A nova aeronave, que segundo a Boeing consome 20% a menos de combustível que os modelos anteriores de tamanho similar graças ao grande uso de materiais compostos, decolou de Tóquio com 240 passageiros. Um deles pagou US$ 34.000 por uma passagem em um leilão na internet. O dinheiro será doado a organizações de caridade.

A produção do 787 foi marcada por vários problemas técnicos, que custaram bilhões de dólares a Boeing e provocaram muitos cancelamentos.